eu tenho uma dúvida; em qual hotel ficou a delegação do Amazonas Futebol Clube na sua longa viagem para perder do Criciúma na noite fria do último domingo? ok, é uma dúvida meio estranha. eu não preciso saber onde eles ficaram, e normalmente os times de futebol amazonenses ou não que visitam o estádio Heriberto Hülse para — na maioria dos casos — vencer a partida acabam ficando naquele novo hotel próximo ao Nações Shopping, ironicamente chamado Novotel. há um hotel novo; é o Novotel. mas é que aconteceu algo tão estranho ontem. fui ao supermercado de tarde, certo? certo. era mais ou menos uma e meia quando, ao pegar dois pacotes de sobrecoxa de frango, avisto ao meu lado dois membros da comissão técnica do Amazonas fazendo compras. eu não sei quem eram esses homens, além de membros da comissão técnica do Amazonas vestindo casacos de comissão técnica do Amazonas. no carrinho, diversos produtos; uma grande quantidade de frutas e duas caixas de barrinhas de proteína. não era Bold, era outra marca. talvez o Amazonas não tenha verba suficiente para comprar barrinhas Bold, e eu não os culpo. fazia mais de duas décadas que não havia um time amazonense na Série B. eu não faço questão que eles tenham, logo de cara, verba o suficiente para comprar barrinhas Bold para todos os atletas da equipe. eu duvido que o São Raimundo tinha uma verba específica para barrinhas Bold, e eu tenho minhas dúvidas quanto ao dinheiro investido no Manaus Futebol Clube para transformá-lo em uma máquina de barrinhas Bold caso tivesse chegado, em algum momento, na segunda divisão nacional. será que o Manauara Esporte Clube, com seu horroroso escudo e escusos investimentos, terá verba para barrinhas Bold quando eventualmente — e todos nós sabemos que é questão de tempo — subir para a Série B? eu não tenho certeza. mas o que eu quero saber é porque a comissão técnica do Amazonas estava comprando essas coisas no Bistek. o Bistek fica longe do Novotel, e esses dois homens estavam a pé. eu sei disso porque eu vi os dois passando pelo terminal central com várias sacolas nas mãos, sacolas estas que imagino conter uma grande quantidade de frutas e duas caixas de barrinhas de proteína. eles estavam indo em direção ao centro. Praça Nereu Ramos. ok, existem hotéis nessa direção. há o Tri Hotel, o Zata, o antigo Crisul. de vez em quando eu passo pelo antigo Crisul e vejo equipes de futebol, mas são as sub-20 e as sub-23 que jogam aquele misterioso Campeonato Brasileiro de Aspirantes. equipes profissionais eu nunca vi, o ônibus do Bruno e Marrone eu já vi. ok, talvez eles estavam no antigo Crisul. suponhamos que eles estavam no antigo Crisul. por que ir no Bistek? o Angeloni é muito mais perto. uns cinco minutos a menos de caminhada. tudo bem, o Angeloni também é mais caro, mas essas pessoas moram em um estado muito longe daqui. lá não tem Angeloni e eles não sabem quais os mercados baratos e caros de Criciúma. mas é tão mais perto. era só ir pro outro lado. era só ir pro outro lado.
eu não sei. eu não consigo entender as pessoas de vez em quando.
Pior ainda foi não terem ido no Body Nutri, loja de suplementos nutricionais logo em frente ao Angeloni, com preços muito mais acessíveis, e variedade muito maior. Uma grande vergonha pra equipe Amazonense.
Esse texto me desbloqueou uma memória tão boa e eu tinha escrito um comentário e texto tão bom acerca da memória de uns 20 anos atrás...mas fui conferir uma grafia e o substack apagou tudo. Enfim, mais um texto maravilhoso e Isabela você é braba demais!